Desde quando o Governo Federal iniciou a procura pelas vacinas contra a covid-19 no ano passado, o cenário político entre alguns representantes partidários se tornou mais acirrado. Infelizamente, as mortes de milhares de pessoas são usadas para colheita de dividendos políticos. Isso acontece tendo como alvo a Presidência da República para as eleições de 2022.
Na coluna Política em Destaque nesta segunda-feira (25), Adilson Trindadade revelou que em Campo Grande existem alguns outdoors espalhados destacando o esforço do governador de São Paulo, João Dória, do PSDB, por conseguir vacinas para iniciar a imunização no País. Alguém por trás está patrocinando essa propaganda. Não é de iniciativa popular, porque não aparece nome das entidades nos painéis em agradecimento à Dória. Política pura na sua essência.
Outro alvo bastante debatido é o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Esse expediente é um remédio constitucional mais eficaz e célere para apear o presidente do poder e o assunto está em pauta de discussão na sucessão da mesa diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A candidata a presidente do Senado, Simone Tebet (MDB), disse na semana passada em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, ser contrária ao impeachment. Em entrevista à Universa, ela reiterou essa posição contra o afastamento do presidente para ser julgado pelo Senado por crime de responsabilidade.
“Não é hora de trazer problemas ao País”, declarou Tebet. Para ela, temos uma questão muito maior, que é uma política nacional de imunização. Temos de vacinar em paz para as pessoas voltarem ao mercado de trabalho e consequentemente, adquirir renda", alegou.
Ela evitou ainda criticar os erros de Bolsonaro no combate à pandemia. Simone disse preferir falar dos acertos. “Prefiro acreditar que o presidente, que negou a gravidade da pandemia, agora parece que já percebe a importância e começa a fazer esforços da vacinação em massa”, apontou.
Na Câmara, o deputado Baleia Rossi (SP), do mesmo partido de Simone, já pensa em analisar o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. São mais de 60. E questionou se o seu adversário Arthur Lira (PP-AL) faria o mesmo. Ele não sabe se existe algum “combinado” do rival com Planalto para evitar a discussão do impeachment de Bolsonaro.