Criticado durante sua visita a Israel por sua relação com o governo do Irã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter a defesa em favor do diálogo com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, reiterou hoje (16), segundo informações da BBC Brasil, que a iniciativa faz parte da política de diálogo sustentada pelo governo Lula.
A aproximação de Lula com Ahmadinejad incomoda o governo israelense pois o iraniano é um dos críticos mais ferozes ao Estado de Israel e ao povo judeu. O presidente do Irã nega que o Holocausto tenha existido – quando o regime nazista perseguiu, sacrificou e matou judeus, ciganos, homossexuais, entre outros – e defende o fim do Estado de Israel.
Garcia concedeu entrevista coletiva depois de o presidente Lula ter visitado o Museu do Holocausto em Jerusalém. De Israel, o presidente segue para Belém, na Cisjordânia, onde se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na segunda etapa da sua primeira visita à região.
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Amanhã (17) Lula visitará uma das áreas mais violentas da Cisjordânia – a cidade de Ramallah. No local, ele vai inaugurar uma rua chamada Brasil e levar uma oferenda em homenagem a Yasser Arafat. Arafat foi um dos principais líderes palestinos, que por mais de quatro décadas defendeu uma tentativa de acordo com os israelenses, cuja ação envolve críticas e elogios.
Da Cisjordânia, o presidente segue para a capital da Jordânia, Amã, onde encerra sua visita ao Oriente Médio.
