A disputa pelas prefeituras em Mato Grosso do Sul, no próximo ano, deve mostrar um cenário totalmente diferente das eleições para governador de 2022. Os bolsonaristas estarão em trincheiras diferentes na batalha pela conquista de prefeituras. A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura do Governo Bolsonaro, vai ter no PP a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que está deixando o Patriotas, para ter sob o seu domínio político a administração do maior colégio eleitoral do Estado.
Tereza Cristina não terá apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro para a reeleição de Adriane. Ele já mandou avisar para não contar com a sua presença no palanque da prefeita. Bolsonaro disse que vai trabalhar pela eleição dos candidatos do PL. Ele sugeriu, inclusive, a indicação do deputado federal Marcos Pollon para enfrentar Adriane.
Lá em Dourados, Bolsonaro gostaria de contar com o seu amigo e deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) para bater de frente com o candidato da Tereza Cristina.
As eleições municipais mostram, ainda, rivais das eleições para governador se unindo para a disputa das prefeituras. O ex-governador André Puccinelli e o ex-governador Reinaldo Azambuja se reuniram para discutirem a eleição do MDB e PSDB em 2024. Os dois estavam rompidos desde as eleições de 2012, quando Azambuja tirou, na época, o PSDB da sombra do MDB para enfrentar Edson Giroto, candidato do André, para Prefeitura de Campo Grande. Azambuja ajudou a derrotar Giroto e dois anos depois foi eleito governador do Estado.
Agora, os dois caciques deixam as diferenças de lado para se unirem, de novo, nas eleições municipais. O MDB até pode apoiar o candidato tucano, deputado federal Beto Pereira, para prefeito da Capital. Os tucanos sabem que não deverão contar com a senadora Tereza Cristina na campanha de Beto.
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