O candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pela coligação A Força do Povo, Zeca do PT, acompanhado da candidata a vice, Tatiana Azambuja e do deputado federal Dagoberto Nogueira, candidato ao Senado, estiveram em Dourados, nesta manhã, para pedir empenho da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual nas investigações da Operação Uragano. Eles também fizeram uma visita de cortesia ao prefeito interino de Dourados, juiz Eduardo Machado Rocha.
Tanto na conversa com o delegado da Polícia Federal, Braúlio Gallone,quanto com o promotor responsável pelo caso no Ministério Público, Zeca do PT solicitou que as empreiteiras CGR e Financial, implicadas no caso, sejam investigadas em todos os contratos com a administração pública, quer seja de Dourados, do governo do Estado ou de outras prefeituras. Zeca lembrou que essas duas empreiteiras mantêm contratos milionários com as prefeituras de Campo Grande e Três Lagoas, e que só com a Agesul (do governo do Estado), tocam obras no valor de R$ 500 milhões.
Brasília
O candidato também questionou o porquê do prefeito da cidade, Ari Artuzi, do PDT, estar detido em Campo Grande, sob custódia da Polícia Civil, já que ele foi detido pela Polícia Federal. Seria coerente que ele tivesse sido transferido para a Superintendência de Polícia Federal, não para uma delegacia da Polícia Civil.
Zeca relatou que ontem (quarta-feira) esteve em Brasília acompanhado do senador Valter Pereira (PMDB), em audiências na direção da Polícia Federal e no Ministério da Justiça, em que expôs essa preocupação. Artuzi, na opinião do candidato, poderia ser beneficiado pela delação premiada, regime que reduz a pena do acusado que contribui com as investigações.
“Gostaria de saber quem quer calar a boca de Ari Artuzi? Pois mandaram o prefeito para Campo Grande, longe das investigações locais. Qual será o medo que têm do que e de quem ele pode entregar? Tenho certeza de que ele sabe de muitas coisas que podem contribuir com a apuração da PF”.