Contando com a presença de lideranças de movimentos negros de várias cidades do Estado, como Três Lagoas, Corumbá, Dourados, Aquidauana e Campo Grande, o encontro regional do movimento negro debateu fortemente a importância da igualdade, identidade do negro e do conhecimento das leis.
Umas das palestrantes foi Silvia Constantino, presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB/MS. A advogada falou sobre a diferença entre crime de injúria racial e racismo, além de explicar como a denúncia deve ser feita após esses crimes.
Segundo Romilda Neto Pizani, da Coordenação do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro de Mato Grosso do Sul, o objetivo do encontro foi conversar com a sociedade sul-mato-grossense sobre a atual situação da população negra no Estado, e também no país.
Romilda destacou ainda a importância de se debater a presença da população negra no Estado, principalmente no mês da consciência negra, período onde, segundo ela, as pessoas voltam seus olhares para as questões de racismo e presença dos negros.
O encontro contou ainda com a presença de Bartolina Ramalho Catanante, presidente do grupo TEZ (Trabalho e Estudos Zumbi), o primeiro grupo a trabalhar o lugar do negro em Mato Grosso do Sul, há exatos 34 anos. A também professora sênior da UEMS (Universidade Estadual de mato Grosso do Sul) pontuou sobre a necessidade de aproveitar esses encontros para tratar do racismo estrutural, e até mesmo institucional.
Bartolina ressaltou ainda a necessidade de trabalhar a identidade do negro durante o mês da consciência negra, de forma que as crianças tenham orgulho e não vergonha de sua cor, e que toda a população negra se sinta fortalecida.
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