Os reflexos da chamada crise mundial, da diminuição da importação de gás natural da Bolívia e do preço do produto nas bolsas de valores atingiram em cheio o caixa do governo do Estado. De acordo com o governador André Puccinelli, a arrecadação mensal bruta de Mato Grosso do Sul diminuiu em média R$ 50 milhões.
As perdas de arrecadação acompanham o governo desde novembro de 2008. O sinal vermelho apareceu quando a arrecadação bruta de novembro, historicamente sempre mais alta que a de outubro, apresentou queda: desceu de R$ 416 milhões para R$ 371 milhões. A queda permaneceu ao longo dos meses. Em fevereiro a arrecadação chegou a R$ 349 milhões. Em março a arrecadação foi de R$ 365 milhões.
O antídoto para vencer a crise, segundo André Puccinelli, alia compreensão da população e reajuste nos investimentos públicos, que devem sofrer pequenas contenções. “Não existe mágica. É necessário rever projetos e traçar prioridades. O primeiro passo é garantir receita suficiente para pagar salários e décimo terceiro em dia. Além disso é necessário estimular a economia, para que as perdas sejam superadas pela produção”, afirmou o governador.
Para estimular a economia o governo prorrogou por 10 dias o pagamento e reduziu pela metade a alíquota de ICMS para a venda de carne processada no mercado interno. Além disso, diminuiu a pauta fiscal de produtos primários e industrializados e o valor do IPVA de motos de até 150 cilindradas.
“Não é a primeira vez que o Estado e a gestão passam por períodos de turbulência financeira. Ultrapassaremos também estes obstáculos. O governo até pode conter gastos, mas não deixará de investir nas prioridades e no pagamento em dia ao funcionalismo”, finalizou o governador.