Divergências entre os partidos políticos e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ameaçam a implantação de duas inovações para o financiamento de campanhas eleitorais deste ano, informa Ranier Bragon em reportagem publicada nesta quarta-feira na Folha (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).
Segundo a reportagem, a falta de regra clara ameaça o sistema que possibilita a arrecadação pela internet, modelo de arrecadação da bem-sucedida campanha do presidente nrote-americano Barack Obama.
Outra dúvida para as eleições de outubro são as regras que restringem as doações ocultas, cujos textos preliminares do TSE foram duramente criticados pelos partidos políticos.
O PT, PSDB e DEM se uniram para contestar o texto do TSE que trata das doações ocultas nas eleições. Em petição conjunta, os partidos sugerem mudanças no texto da resolução para manter as doações sem identificação dos candidatos beneficiados.
Atualmente o mecanismo para realizar as doações ocultas é o seguinte: os financiadores repassam os valores para os partidos, sem identificar os candidatos que receberão as quantias, e os partidos fazem a distribuição dos recursos aos políticos nas eleições sem revelar a fonte dos financiamentos.
O texto da nova resolução do TSE determina expressamente que em ano eleitoral os partidos sejam obrigados a "discriminar a origem e a destinação dos recursos repassados a candidatos e comitês financeiros".