Centenas de famílias compareceram na sessão desta terça-feira (14) da Câmara de Vereadores de Três Lagoas para pedir apoio dos parlamentares para conseguir a infraestrutura básica, água, energia, e coleta de lixo, em uma área que elas estão morando, na saída de Três Lagoas para Brasilândia.
Desde março do ano passado, centenas de famílias construíram barracos em uma área particular de 12 mil metros quadrados às margens da BR-262, no final da rua Yamaguti Kankit, sob a alegação de não terem condições de pagar aluguel.
De lá pra cá, as famílias aguardam decisão da Justiça sobre a ocupação do local. A área pertence a uma empresária de Araçatuba (SP), que ingressou na Justiça com ação de reintegração de posse logo após a invasão.
Em agosto do ano passado, decisão de primeira instância obrigou as famílias a sair, mas parte do grupo ficou. Em novembro de 2018, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou pedido da Defensoria Pública de Três Lagoas para suspender a liminar que determinava a reintegração, garantindo a permanência das famílias no local.
Na sessão desta terça-feira, o líder do movimento, Erasmo Carlos dos Santos, usou a tribuna da Câmara, para pedir apoio do Legislativo para que o poder público possa levar água e energia ao local.
Vereadores se prontificaram em agendar uma reunião do movimento com representantes da prefeitura para verificar a possibilidade de ajudar essas famílias. O líder do prefeito na Câmara, Antônio Rialino (PTdoB), por sua vez, disse que é uma situação complicada, por se tratar se uma área privada.