O Senado poderá cortar pela metade o número de cargos de direção. Atualmente, a Casa tem 136 diretores. Todos pediram afastamento depois da divulgação das denúncias de prática de nepotismo. Eles estariam exercendo influência para garantir que parentes fossem contratados por empresas terceirizadas. Os servidores se afastaram dos cargos por determinação do presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP).
A idéia é passar um pente-fino na estrutura administrativa da Casa, reduzir gastos e acabar com a crise administrativa que o Senado vem enfrentando desde a saída do ex-diretor geral Agaciel da Silva Maia, que não declarou à Receita Federal uma casa no valor de R$ 5 milhões. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) será a responsável pela varredura.
O diretor de orçamento,Fábio Gondim, um dos que colocaram o cargo à disposição, disse que pode haver falhas nessa varredura administrativa que a FGV fará no Senado. Mas justificou dizendo que o Senado não é “irresponsável nos gastos”. “O aumento dos gastos do Senado é menor do que em outros legislativos, no governo e no Judiciário. Por exemplo, entre 2004 e 2008 os gastos do Senado aumentaram, 39% e houve redução de 3% nos investimentos. A União, no mesmo período, teve aumento de 62% nos gastos e de 300% nos investimentos”, disse. Hoje, o orçamento do Senado ultrapassa os R$ 2 bilhões.
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