O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, rebateu hoje acusações de chapa adversária e afirmou os opositores na eleição da entidade, atualmente suspensa, tem irregularidades em sua composição.
A entidade acusa a chapa "A Força do Agronegócio" de possuir três integrantes com pendências financeiras junto à tesouraria da Acrissul.
“A comissão eleitoral deu um prazo até sexta-feira às 17 horas para que as pendências fossem resolvidas, sob pena de impugnação da chapa”, diz também trecho da nota enviada à imprensa.
Além disso, Maia afirma que seu adversário, José Lemos Monteiro, o Zeito, não tem interesse em discutir questões eleitorais, como formas de gestão, e leva o debate para “outro lado” ao entrar na Justiça.
“Lamentavelmente estão querendo uma discussão desnecessária. Gostaria que ele (Zeito) fosse ao debate para confirmar tudo o que tem dito”, afirmou Maia, em referência ao debate que será promovido pela Rede Record no domingo às 8 horas.
O atual diretor da Acrissul também garante que a lista de votação e a composição de sua chapa estavam disponíveis desde ontem na sede da entidade e que “ninguém da chapa adversária compareceu”.
“Não há sentido levar o debate para o campo judicial até em respeito aos sócios. Só esconde algo quem tem medo de eleição, o que não é nosso caso”, pontuou.
A nota garante que o horário para votação será mantido das 19 às 22 horas. E cita que a comissão eleitoral é presidida por Antônio Malvazo de Moura e secretariada por Leonardo Leite de Barros e Max Antônio de Souza Moraes.
Decisão – Ontem, a juíza Gabriela Müller Junqueira, da 7ª Vara Cível de Campo Grande, determinou a suspensão da eleição da nova diretoria da Acrissul atendendo ação cautelar da chapa "A Força do Agronegócio”, encabeçada por Zeito, que justificou descumprimento do estatuto e falta de transparência no processo.
Em defesa, Zeito diz que pediu detalhes do processo a diretoria da Acrissul, como lista de sócios e os componentes da comissão eleitoral desde o dia 2 de maio e não foi atendido. “Agora está no campo judicial. É a juíza que vai decidir sobre o processo”, pontuou.
“Pedimos tudo insistentemente. Quase imploramos ao senhor Francisco Maia. Com a proximidade da eleição tive de adotar medidas judiciais cabíveis e necessárias”, complementou.