As fraudes eletrônicas em bancos causam prejuízo de R$ 900 milhões por ano. Apesar do investimento de R$ 1,9 bilhão feito pelas instituições financeiras na prevenção e no combate a esse tipo de crime, os golpes continuam sendo aplicados, principalmente, em clientes pessoa física.
O valor das transações ilícitas foi informado nesta terça-feira (31) pelo diretor técnico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Wilson Gutierrez. Ele foi dos participantes do seminário Crimes Eletrônicos – A Urgência da Lei, na Câmara Americana de Comércio (Ancham), em São Paulo.
Segundo Gutierrez, o montante foi verificado em 2009 e deve se repetir este ano. Engloba valores desviados em golpes pela internet, centrais de atendimento telefônico e terminais de auto-atendimento, além de fraudes em cartões de crédito e débito. O representante da Febraban disse que os golpes em cartões são os mais comuns. Correspondem à metade de todos os registros. Já as fraudes via internet representam 30% do total.
Para ele, a falta de cuidado dos clientes internautas facilita as fraudes. Por isso, ele destaca a importância de os clientes se cercarem de cuidados ao acessar a conta bancária pelo computador. Manter os programas antivírus atualizados, não abrir arquivos enviados por desconhecidos e não acessar mensagens eletrônicas de conteúdo sensacionalista são algumas dicas de segurança apontadas por Gutierrez. Ele recomenda também que clientes não acessem a conta em computadores públicos, como em lan houses ou cybercafes.
“O internauta deve evitar ser muito curioso, evitar abrir todo e-mail que chegue para ele”, alerta. “Também deve evitar digitar dados em computadores que outros possam usar.”