Na próxima terça-feira, será realizado o I Fórum para discutir o Plano de Monitoramento da Lagoa Maior, que acontecerá na Universidade Federal (UFMS), a partir das 19h, quando a população terá a oportunidade de opinar, se é a favor ou contra a retirada dos patos e gansos das águas da lagoa. A proibição da pesca, conforme recomenda o Plano de Monitoramento, realizado pela UFMS, entregue a Prefeitura em setembro deste ano também está prevista na pauta de discussão.
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Futuro da Lagoa Maior entra em discussão
O primeiro Fórum para discutir o Plano de Monitoramento da Lagoa Maior acontece na terça-feira
O Fórum pretende discutir todos os problemas que afetam o ecossistema da Lagoa Maior. “Os temas não polêmicos também deverão ser abordados”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Mateus Arantes, que afirmou a disposição da Prefeitura em não quer implantar nada de “goela abaixo”. “São situações que precisam ser discutidas com a população e quais as medidas que podem ser tomadas para a preservação da biodiversidade”, comentou.
O Plano de Monitoramento definirá as principais ações que devem ser colocadas em execução para preservar o meio ambiente e o ecossistema da Lagoa Maior. As análises sobre a qualidade da água apontam uma grande quantidade de coliformes fecais na lagoa, por isso a orientação para que se proíba a pesca no local. “Precisamos explicar para a população porque a pesca tem que ser cancelada. Além dessa constatação, outra questão compromete a salubridade do meio ambiente, informou Arantes, que é o lançamento de esgoto residencial clandestino que é lançado na lagoa. A população deve e pode pedir durante a realização do Fórum para que esse problema seja resolvido e, assim que a água se encontrar com índices de boa qualidade, a pesca poderá ser retomada. Essa é uma hipótese”, explicou o secretário.
Em relação aos patos e gansos, a professora de biologia da UFMS, Maria José Vilela, disse que eles não são naturais do sistema, pois foram introduzidos nele. Ela afirmou que esses animais contribuem para diminuir a qualidade da água da lagoa. Já em relação às capivaras, o estudo não aponta a necessidade de elas serem retiradas do local.
Apesar das recomendações dos estudos, o secretário do Meio Ambiente disse que, não significa que todas as propostas sejam acatadas. “Pretendemos tomar as decisões em comum acordo com a comunidade, mas sempre com o intuito de preservar a lagoa e sua biodiversidade”, frisou.