A cinco dias de deixar a presidência do Senado, o senador Garilbadi Alves Filho (PMDB-RN), disse esperar que o PSDB apóie o candidato peemedebista José Sarney na eleição para o comando da Casa. "Serão 33 votos num colégio de 81 senadores. É mais de um terço dos votos", disse hoje (28) ao chegar ao Senado.
O PSDB se reúne hoje para decidir será a favor da candidatura de José Sarney ou do senador petista Tião Viana (AC). O PMDB também se reúne, mas para oficializar a candidatura de José Sarney. "São dois partidos importantes. Creio que no PMDB não vamos ter novidades, e com relação ao PSDB também não. A expectativa é de que venhamos a ter o apoio à candidatura do senador José Sarney", comentou.
A reunião do PMDB será feita hoje durante almoço na casa do próprio Garibaldi. "O cardápio político é mais previsível que o outro", brincou. A do PSDB será no Senado. Depois, a expectativa é de que a bancada tucana se reúna com os dois candidatos. Na pauta, as exigências para firmar apoio à candidatura de um ou de outro senador. O apoio do partido é decisivo para definir qual será o próximo presidente da Casa.
Garibaldi disse ainda que a eleição de segunda-feira (2) deve transcorrer com tranqüilidade. "Eleição agitada é quando não tem favoritismo e isso não é o previsível".
A eleição para a presidência e os outros cargos da Mesa Diretora do Senado será feita por voto secreto. O mandato é de dois anos e não pode haver reeleição dentro de uma mesma legislatura.
Para o preenchimento dos sete cargos na Mesa e das quatro suplências é observado o critério da proporcionalidade na Casa. Pela atual composição do Senado, o PMDB tem direito a duas vagas de titulares na Mesa e o DEM, PSDB, PT, PTB e PDT, a uma vaga cada. Na suplência, PMDB, DEM, PSDB e PT têm direito a uma vaga cada.
Para ser eleito, o candidato deve ter maioria de votos dos senadores presentes à votação. Quem preside a eleição é a Mesa atual até que os votos para presidente sejam apurados. Depois, o eleito assume a apuração dos votos para os outros cargos da Mesa.