Nesta segunda-feira (19) a Rádio CBN Campo Grande recebeu Giselle Marques (PT) na Rodada de Entrevistas com os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano. Durante 40 minutos, tempo definido para os partidos com representatividade na Câmara Federal, Giselle respondeu questionamentos e apresentou as propostas de mandato.
Ao vivo, todos os municípios que recebem o sinal dos veículos de comunicação do Grupo RCN, ao qual a CBN CG faz parte, puderam acompanhar a entrevista, além da transmissão em nossos canais na internet. Já foram ouvidos os candidatos Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB). Na quarta-feira será a vez de André Puccinelli (MDB), a partir das 9h.
Giselle Marques abordou diversos temas durante a entrevista, destacando o agronegócio, setor que afirmou não ser contra. “Estou a favor, inclusive, se tem um setor que não pode reclamar do Partido dos Trabalhadores é o agronegócio, porque quando nós governamos o Brasil a linha de crédito que nós liberávamos era de 2,5% de juros, hoje no governo Bolsonaro é de 15%”, disparou.
A candidata completou ainda afirmando que o apoio do PT ao agronegócio virá mediante ao respeito das normas ambientais, citando o zoneamento ecológico-econômico, pauta inclusa em seu plano de governo.
“Ele aponta qual região do estado tem que tipo de vocação econômica, por que tem determinadas regiões que se fosse, por exemplo, implantar a soja, você corre o risco de ter um impacto ambiental muito grande e irreversível, é o caso do Pantanal”, explicou.
Giselle complementou dizendo que, se eleita, vai governar em parceria com o agronegócio, “mas no foco da sustentabilidade […] Se você não defender a proteção ambiental é um tiro no pé”, completou.
Além desse tema, a advogada e professora universitária disse que tem conversado com o ex-presidente Lula sobre a recuperação da malha ferroviária do estado, especialmente passando por aldeias indígenas e assentamentos.
“Nós queremos recuperar o trem de passageiros, que é algo que faz parte da alma sul-mato-grossense e nós queremos fazer isso em parceria com o governo federal pra fortalecer o turismo aqui na nossa região”, prometeu.
Relembrando a atuação como vice-presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza (CDDH), quando entrou em um embate com o Departamento de operações da Fronteira (DOF) , Giselle disse que vai convidar todas as forças policiais para um planejamento estratégico na questão da segurança.
“Nós teremos foco da valorização da carreira, lembrando que nós do PT colocamos os policiais como uma das categorias mais bem pagas do Brasil quando governamos, criamos a Lei Orgânica da Polícia Civil e nós tínhamos na época um efetivo de 6,4 mil homens contra apenas 5 mil do governo atual, a população aumentou, a violência aumentou e o efetivo policial diminuiu”, pontuou.
Assista a entrevista completa:
Sobre
Entrevistada da rodada, Giselle tem 54 anos, é campo-grandense, casada e mãe de três filhas. Advogada e professora universitária, ela tem doutorado em direito e pós doutorado em meio ambiente.
Filiada ao PT desde 1986, são mais de 30 anos de militância, sendo esta a sua segunda disputa à um cargo político, a primeira ocorreu em 2018, com a 2ª suplência ao Senado, não foi eleita. Agora, é candidata ao governo do estado.