O governador Reinaldo Azambuja anunciou, nesta sexta-feira, R$ 80 milhões para a realização de um mutirão de exames de diagnóstico e cirurgias eletivas em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, a fila de espera por esses serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu no último ano por causa da pandemia da Covid-19. As cirurgias eletivas ficaram suspensas por meses, já que a prioridade era atender os pacientes com o novo Coronavírus.
“A fila das eletivas está represada, muitas pessoas aguardando diagnósticos e cirurgias. Serão R$ 80 milhões de recursos próprios para contratação de cirurgias e diagnósticos, qressonâncias, tomografias, ultrassons, colonoscopia, endoscopia, ou seja, todos os exames que estão represados dentro da regulação. Queremos avançar e atender essas pessoas”, disse Azambuja.
O projeto do mutirão, que deve contar com apoio de hospitais públicos e privados, é conduzido pela Secretaria de Estado de Saúde . “O secretário Geraldo Resende vai levar esse projeto à CIB (Comissão Intergestores Bipartite), que reúne todos os 79 municípios. E depois, de validado, nossa expectativa é começar a atender ainda em setembro”, ressaltou o governador.
Três Lagoas
Em Três Lagoas, mais de 2 mil pessoas aguardam para realizar cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As cirurgias estavam suspensas nos hospitais da rede pública estadual e contratualizada por força de um decreto estadual de 31 de março de 2021, devido a pandemia da Covid-19.
Nesse período, as demandas cirúrgicas tiveram aumento real no município, pois na primeira onda da pandemia de Coronavírus em 2020, houve necessidade em contigenciar leitos para combater os casos de Covid e comprometeu a realização de procedimentos importantes. Essa restrição resultou em uma longa fila de pacientes aguardando por um procedimento cirúrgico.
Ainda no ano passado, alguns procedimentos foram retomados, mas em março deste ano, suspensos novamente, devido ao agravamento da pandemia. Em julho, retomou gradativamente no Hospital Auxiliadora, contratado pelo município e Estado para realizar esses procedimentos.
Segundo o diretor Administrativo do Hospital Auxiliadora, Marco Antônio Calderón, atualmente, 45% das cirurgias eletivas foram retomadas. Ele explicou que durante a pandemia uma série de questões precisam ser analisadas, como a falta de insumos e leitos disponíveis. “Estamos tentando retomar com força total as cirurgias eletivas e retirar esses pacientes da fila de espera”, destacou.