De olho nas eleições de 2010, o governador André Puccinelli (PMDB) já deu iniciou às reuniões reservadas com as bancadas partidárias que compõem sua base de sustentação política na Assembleia Legislativa. Recebeu o PSDB, o PDT e tem encontro marcado com o PR no próximo dia 22 (quarta-feira).
Os partidos que já passaram pelo gabinete dele fizeram críticas e cobranças. Reclamaram espaço no governo. Se queixaram da demora do governador em colocar em prática investimentos volumosos, entre outras coisas. André pediu calma.
Líder do PR, o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo disse que o partido não quer discutir apenas as eleições de 2010, mas também a relação com o governo hoje. “Temos espaço, mas sempre é bom participar mais”, salientou.
Os deputados estaduais levam ainda reivindicação dos prefeitos da legenda. Querem que todos sejam contemplados no pacote de obras inicialmente prometido para maio. Porém, o governador já sinalizou que pode postergar o investimento. “Nada é inadiável”, disse.
André passou os dois primeiros anos de seu governo pedindo a compreensão da base aliada. Dizia que estava arrumando a casa, que seu antecessor teria deixado o Estado em situação de caos.
Passado este período, veio a crise financeira. Com isso, o governador passou a dispor de novo argumento para adiar investimentos volumosos aguardados com ansiedade. Mas, agora, vê a paciência da base aliada chegar ao limite, comentaram os líderes políticos.
O PDT já tem sido atendido no município mais importante administrado pelo partido, Dourados. Além da promessa de financiar o anel viário, o governo André repassou dinheiro à área de saúde.
Conforme fontes que participaram da reunião entre André e o PDT, o governador teria revelado ter em caixa nada menos que R$ 1 bilhão. Parte da verba deveria ser gasta no pacote que será anunciado em maio.
Mas, André nega tal reserva de dinheiro e não revela o valor do pacote de obras. Tudo o que se sabe sobre as economias é que R$ 130 milhões já foram gastos para cobrir o déficit financeiro. Essa informação partiu do governador que depois disso se fechou sobre o assunto.
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