Grávidas e recém-nascidos em situação de risco que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) não serão mais obrigadas a se deslocar até Campo Grande para receber atendimento, num percurso de 330 quilômetros, realizado em pouco mais de quatro horas. A partir deste ano, o Hospital Auxiliadora de Três Lagoas terá seis leitos de UTI Neonatal. O convênio para o funcionamento deste serviço foi assinado nesta semana pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, com o município e a direção do Auxiliadora, que está em fase de montagem de equipamentos e contratação de médicos e demais funcionários.
A instalação de UTI Neonatal atende decisão da Justiça, mas segundo o secretário, sempre foi um anseio e meta do governo do Estado.
De acordo com o secretário, serão instalados seis leitos de UTI Neonatal no Hospital Auxiliadora, dos quais 60% serão custeados pelo Estado e 40% de contrapartida do município.
Segundo o diretor administrativo do hospital, Marco Antônio Calderón, gestantes de alto risco e, consequentemente, bebês que necessitam de cuidados intensivos imediatos, quando necessários, são encaminhados para Campo Grande. “É um ganho para toda a população que, em breve, poderá contar com esse novo serviço. É mais uma evolução do Hospital Auxiliadora”, destacou o diretor.
COVID
Ainda durante visita a Três Lagoas nesta semana, o secretário de Saúde, Geraldo Resende, assinou convênio com o Hospital Auxiliadora para o custeio da operação dos 10 leitos de UTI Covid que já estão em funcionamento. Também foi assinado convênio, entre o Estado, a Universidade Federal (UFMS), e o Hospital Auxiliadora, para estágio dos alunos do curso de medicina.
Na oportunidade, o secretário visitou também a obra do Hospital Regional, que já está pronta, com previsão de funcionamento ainda neste semestre. O secretário disse que gostaria de entregar o hospital antes de deixar o cargo, dia 2 de abril, já que será candidato a reeleição. Resende é deputado federal licenciado.
De acordo com o secretário, o Estado está finalizando a contratação da Organização Social que vai administrar o hospital, processo este que deve ser concluído no final de fevereiro. Parte dos equipamentos já foram comprados, mas o secretário disse que as empresas estão com dificuldades de entregar os equipamentos.
Segundo o secretário de Governo, Eduardo Rocha, após assinatura do convênio, a Organização Social ficará responsável pela compra do restante dos equipamentos, o que deve facilitar no processo de aquisição.