O governo do Distrito Federal afirmou, por meio de sua assessoria, desconhecer o teor da investigação da Polícia Federal, que cumpriu nesta sexta-feira mandados de busca e apreensão na casa de secretários, assessores do governador e na Câmara Legislativa.
Segundo a assessoria, o governo quer colaborar com as investigações e só deve se pronunciar sobre o assunto após receber informações sobre a operação Caixa de Pandora, que corre sob segredo de Justiça.
A assessoria informou ainda que a PF não realizou buscas na casa e no gabinete do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), apenas em um anexo da residência oficial do governador, onde fica Fábio Simão, chefe de gabinete da Governadoria. Arruda não mora na residência oficial.
A Polícia Federal também realizou busca e apreensão na casa de José Geraldo Maciel (secretário-chefe da Casa Civil do Distrito Federal), Durval Barbosa (secretário de Relações Institucionais), José Luiz Valente (secretário de Educação) e Omézio Pontes (assessor de imprensa de Arruda).
Também foram feitas buscas na casa e gabinetes nos gabinetes do presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM), da líder do governo, Eurides Britto (PMDB), do presidente da CCJ, Rogério Ulysses (PSB) e do suplente Pedro do Ovo (PRP). Da casa de Leonardo foram apreendidos dois computadores.
Informações iniciais indicam que a polícia investiga o suposto crime de fraude em licitações. As investigações teriam sido iniciadas pela Polícia Civil e, posteriormente, repassadas à Polícia Federal.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Fernando Gonçalves, que preside o inquérito.
José Luiz Valente divulgou nota hoje confirmando que a Polícia Federal realizou buscas na sua casa e gabinete. Ele afirma que agentes da PF levaram documentos e um laptop da sua casa.
Ele afirma que está à disposição da PF, mas que só irá se pronunciar sobre o caso quando tiver informações sobre o motivo das buscas.
"Estou à disposição do Departamento de Polícia Federal para o que for necessário, mas me reservo ao direito de só me pronunciar publicamente sobre o assunto quando tiver informações completas do que se trata", afirma ele na nota.