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Governo engaveta projeto sobre fim de fumódromos

O senador Tião Viana (PT-AC) quer o fim de áreas reservadas a fumantes em todo o País

Sem as bênçãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto sobre o fim dos fumódromos preparado pelo Ministério da Saúde aguarda há um ano a avaliação da Casa Civil para ser enviado ao Congresso. A demora – indício de que a proposta não sairá da gaveta – acabou incentivando grupos dentro do próprio governo a trabalhar em direção oposta. Os reflexos da divisão são evidentes: tramitam no Senado dois projetos, ambos da base governista. As propostas, no entanto, são distintas.

O senador Tião Viana (PT-AC) quer o fim de áreas reservadas a fumantes em todo o País. Já o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende a existência de áreas restritas. "É óbvio que o setor que defende a manutenção dos fumódromos ganhou força nos últimos tempos", diz a diretora da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), Paula Johns. As organizações não-governamentais e setores que lutam pela implantação das diretrizes estabelecidas pela Convenção-Quadro do Tabaco (acordo internacional com regras para combater e prevenir o tabagismo) tentam agora reforçar o apoio para aprovação do projeto do senador Tião Viana.