O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deu detalhes hoje (22) sobre o programa do governo para estimular a troca de geladeiras antigas que emitem gás CFC (clorofluorcarbono) por outras novas, menos poluentes e mais econômicas. Segundo ele, será fabricado um modelo específico de geladeira para atender ao programa.
Embora o ministro afirme que o valor ainda não está definido, ele disse que o preço da geladeira deve ficar em torno de R$ 500. A previsão é de que sejam trocadas geladeira com em média 10 anos de uso.
“Estamos estudando para reduzir ao máximo o valor da geladeira, torná-la absolutamente acessível ao bolso da parcela mais pobre do povo brasileiro”, disse Lobão, ao sair de reunião sobre o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Lobão, no primeiro ano devem ser trocadas 1 milhão de geladeiras, no segundo ano 2 milhões e a quantidade avançará até atingir a meta de 10 milhões. Ele não descarta, no entanto, a possibilidade de que a quantidade seja maior logo no início, o que dependerá da capacidade de produção da indústria e da logística.
Lobão explicou que o governo estuda duas possibilidades para a data de lançamento do programa. Uma é dentro de 15 dias e a outra possibilidade é esperar o final de vigência da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) do eletrodoméstico, que termina no prazo de três meses.
Para assegurar um preço baixo para as geladeiras os fabricantes terão redução de impostos, de acordo com Lobão. A fabricação de um modelo especial em grande quantidade também será determinante para reduzir o custo, na avaliação do ministro.
Lobão disse ainda que será montada uma logística especial para atender o programa. Os revendedores recolherão as geladeiras antigas, que serão vendidas a uma empresa especializada. Essa empresa vai recolher o gás poluente e vendê-lo a uma usina. O mesmo ocorrerá com a geladeira que, segundo ele, será vendida a empresas que trabalham no ramo do aço.
Ainda há pendências a serem acertadas com o Ministério da Fazenda, informou Lobão. Isso porque o governo gastará em torno de R$ 100 milhões por ano com a logística do programa, como, por exemplo, para pagar pelo recolhimento das geladeiras.