O governo federal deve fechar em breve duas novas medidas que entrarão no pacote de benefícios à construção civil, que será anunciado na próxima semana.
A primeira medida vai permitir que os 2% do compulsório que os bancos são obrigados a aplicar no microcrédito produtivo sejam utilizados para compra de material de construção para pessoas físicas.
"Isso amplia a possibilidade de oferta de crédito para este setor. É um crédito com juro diferenciado e, portanto, tem potencial de aquecer aquela compra. O chamado efeito formiguinha: pessoas que compram individualmente para fazer a sua construção", disse a senadora Ideli Salvati (PT-SC), que participou hoje de reunião com representantes do setor no Ministério da Fazenda.
Também haverá uma mudança para desburocratizar a linha de crédito da Caixa para compra de material de construção por meio do Construcard. Segundo a senadora, o financiamento poderá ser feito por meio das lojas de construção, que já conhecem seus clientes e poderão ser uma espécie de avalista do financiamento.
"Tem 138 mil pontos de venda de material de construção no Brasil. Se tiver 138 mil lojas podendo fazer com que seus clientes consigam este financiamento na Caixa, vai fortalecer muito."
Nesse caso, a linha só pode ser utilizada para compra de material para reformas. O cliente tem até seis meses para fazer as compras e, nesse período, paga o juro apenas sobre os valores utilizados. Após o período de compra, a pessoa tem até 40 meses para pagar as prestações do financiamento.
"O Construcard já foi ampliado de R$ 7 mil para R$ 25 mil, mas as exigências de fiador, avalista, são muito grandes na Caixa. Isto vai ser profundamente modificado. As modificações vão ser fechadas hoje à tarde", disse a senadora.