Com os cronogramas atrasados e o orçamento estourado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não contará mais com algumas das principais "joias" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como palanque para as eleições do próximo ano. Em todas as regiões do país, o governo enfrentou obstáculos inesperados nos grandes projetos de infraestrutura e acabará deixando sua inauguração para o sucessor de Lula.
Ficaram para o pós-Lula obras que foram lançadas com pompa, com entrega planejada para o fim de 2010, como a pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e a duplicação de trechos da BR-101. As quatro principais obras no setor ferroviário – a construção da Nova Transnordestina, a chegada da Norte-Sul a Palmas (TO), o prolongamento da Ferronorte e a implantação do Ferroanel paulista – estão emperradas. O andamento das obras fugiu do cronograma e boa parte delas deve frustrar os planos do presidente, que antes sonhava em inaugurá-las ao longo de 2010.