O autônomo Carlos Roberto Garcia Junior, 42, chegou para votar Escola Municipal Luiz Cavallon, localizada no Jardim Botafogo, em Campo Grande mas teve uma surpresa, outra pessoa já tinham votado em seu lugar. O caso aconteceu na seção 133 do colégio eleitoral, por volta das 9h.
“Eu cheguei, quatro pessoas estavam na mesa atendendo, a primeira fica com o livro, aí ela procurou o nome, eu to votando à moda antiga ainda (sem biometria), só que quando ela olhou no livro ela falou ‘você já votou?’, eu falei não, porque já estava assinado ou outra assinatura, de outro Carlos”, contou à reportagem da Rádio CBN Campo Grande.
Segundo ele, o outro eleitor tinha nome e iniciais do sobrenome idênticas ao dele, porém, não assinou o nome completo, apenas Carlos com o restante abreviado. O erro só foi constatado quando a vítima chegou para votar, precisando ir até a urna para confirmar o engano e, de fato, constatar que o seu voto já tinha sido validado, mesmo sem que Carlos Roberto tivesse exercido seu direito.
A polícia foi chamada ao local e, conforme Carlos, sugeriu que ele votasse no lugar do outro eleitor, que “pegou” o voto do campo-grandense. “Eu falei não. Não vou votar no lugar dele a menos que ele venha pessoalmente me trazer o comprovante de que tudo foi um equívoco, que ele tá com o comprovante e meu nome na mão”, disse. Carlos quer garantir que foi um engano e que seu documento não foi clonado.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), o fato é um caso isolado em um universo de 1.900.000, com apenas essa ocorrência até o momento. “É possível que haja esse tipo de situação em razão de equívoco do mesário no momento da habilitação do eleitor. Isso decorre de erro de procedimento do mesário na localização dos respectivos nomes no caderno de votação, podendo resultar em assinatura no campo errado do caderno, acima ou abaixo do devido. Mas felizmente tratam-se de casos isolados”, explicou o Tribunal, em nota.
Carlos segue no colégio eleitoral aguardando a chegada de um juiz eleitoral para que a situação seja resolvida e ele possa, dessa vez corretamente, votar para governador e presidente da república.