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Invasões no Pontal são pretexto para luta política, diz secretário

Para Marrey, se o objetivo era protestar contra a lentidão da reforma agrária, os manifestantes erraram o endereço

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O secretário estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, disse ontem que as invasões do chamado ?carnaval vermelho? no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, são políticas. Entre domingo e segunda-feira, militantes ligados a José Rainha Júnior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), invadiram 20 fazendas em protesto contra o governo estadual. "Essa situação serve apenas para esse movimento, pois perturba a tranquilidade na região e não serve para eventuais candidatos ao assentamento", disse. "Isso tudo é pretexto para a luta política. Parece um partido de oposição ao governo do Estado. Tem carnaval vermelho, abril vermelho, outubro vermelho e natal vermelho. A cada momento é um pretexto para esse tipo de ação que não leva a nada."

Para Marrey, se o objetivo era protestar contra a lentidão da reforma agrária, os manifestantes erraram o endereço. "Eles têm de ir para a Esplanada dos Ministérios. Estamos no sétimo ano do governo Lula e a responsabilidade pela reforma agrária é do governo federal."

Segundo Marrey, ao Estado cabe uma participação subsidiária na arrecadação de terras tidas como devolutas. "E isso o Itesp está fazendo."

Sobre as críticas da União Democrática Ruralista (UDR) à demora na votação do projeto que regulariza áreas com mais de 500 hectares no Pontal, Marrey disse que a proposta, que está na Assembleia, será votada no momento oportuno.