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Investimento social privado no Brasil dá prioridade à educação, segundo pesquisa

Os investimentos tiveram redução de 6% em 2009, em comparação ao ano anterior

O 5º Censo do Investimento Social Privado (ISP) no Brasil, elaborado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) para o período 2007/2009, aponta que o maior volume de investimentos continua sendo aplicado na área da educação, concentrados na população jovem e direcionados principalmente às regiões Sudeste e Sul do país. Cultura e artes, formação para o trabalho e meio ambiente são outras áreas de destaque do ISP brasileiro.

Realizado a cada dois anos pelo Gife, o censo teve os resultados preliminares divulgado hoje (7) durante o 6º Congresso Gife sobre Investimento Social Privado, no Rio de Janeiro. A conclusão do levantamento deverá ser publicada em outubro deste ano.

Composta por organizações de origem empresarial, familiar, independente e comunitária que investem em projetos sociais, culturais e ambientais de finalidade pública, a Rede Gife fez investimentos de R$ 2,015 bilhões no Brasil em 2008.

Em 2010, a previsão é que o ISP alcance em torno de R$ 2,012 bilhões, recuperando o patamar pré-crise global, disse o secretário-geral da entidade, Fernando Rossetti. O aumento esperado é de 6,23% sobre os R$ 1,894 bilhão investidos no ano passado pelos associados da rede. “Filantropia está ligada ao momento econômico, à riqueza”, salientou. A tendência, segundo Rossetti, é o ISP “passar a ser uma unidade de inteligência social das empresas, buscando maior profissionalização, parcerias e diversificação”.

O secretário-geral do Gife comentou também a relação entre o investimento social privado e a crise internacional. A conclusão é que não houve grande impacto. Os investimentos tiveram redução de 6% em 2009, em comparação ao ano anterior. Entretanto, a maioria dos investimentos programados, equivalente a 45% do total, permaneceu inalterada no ano passado, enquanto 29% registraram ligeira redução e 18% tiveram uma diminuição significativa.

O Gife é formado por associações e fundações empresariais (54%), empresas (24%), fundos independentes ( 11%), fundações comunitárias (6%) e fundações familiares (3%). De acordo com dados da pesquisa Ação Social das Empresas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o grupo de organizações filiadas ao Gife responde por cerca de 20% do montante investido pelo setor privado brasileiro na área social.