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Jornal denuncia "orgia funcional" no governo Puccinelli

PTB "nomeia" dez pessoas na Casa Civil que recebem sem cumprir o expediente

O jornal Correio do Estado traz em sua edição reportagem sobre cabide de empregos em funções gratificadas no governo Puccinelli. A prática é antiga e existe em todos os governos, mas agride o princípio da razoabilidade, além de ser imoral. O governo Puccinelli também empregou na Casa Civil ex-prefeitos, para funções de natureza abstrata, de direção superior, antigos DAS, com polpudos salários

Segundo o jornal, nomeações de pessoas ligadas a partidos políticos, a mando do governo estadual, com cargos comissionados, cujos salários variam de R$ 1,6 mil a R$ 7,7 mil, chamam a atenção por um detalhe peculiar: os contratados não aparecem nos locais onde deveriam cumprir suas jornadas de trabalho, nestes casos, na Casa Civil, um das mais importantes secretarias da estrutura funcional do Estado.

Um clássico exemplo aparece na página 8 do Diário Oficial 7.867, de 14 de janeiro de 2011, data em que o governador André Puccinelli (PMDB) havia se licenciado por conta das férias e o Estado era chefiado pela vice, Simone Tebet.

Na parte superior direita da página em questão publicou-se uma lista com dez nomes, todos por indicação do presidente estadual do PTB, Ivan Louzada, sigla parceira do PMDB do governo.

Na relação dos contratados aparecem os nomes da mulher, do filho e do cunhado de Louzada, além de integrantes do diretório do PTB.

Louzada disse que é normal partidos indicarem nomes para ocuparem cargos comissionados do governo. E que o assunto tratado nessa reportagem “é fofoca de políticos, coisa de quem não tem o que fazer”.

“Agora, se o servidor trabalha, ou não, é um problema da secretaria, eu não posso responder por isso, posso, sim, responder pelo pessoal que trabalha aqui comigo, no PTB”, disse Louzada, que comando o partido desde 2008. Ano passado, a sigla captou R$ 261 mil do fundo partidário.