A justiça afastou Ari Artuzi (sem partido), preso hás 17 dias, do cargo de prefeito de Dourados. A decisão liminar é do desembargador Claudionor Abss Duarte, a pedido da procuradoria do MPE (Ministério Público Estadual).
O afastamento temporário foi autorizado pelo risco de Artuzi manipular documentos, pressionar as testemunhas e dificultar a apuração dos fatos caso saia da prisão e reassuma o comando da prefeitura.
Segunda maior cidade do Estado, Dourados foi alvo da operação Uragano (furacão em italiano),da Polícia Federal, que revelou esquema de pagamento de propina e desvio do dinheiro público.
A decisão ainda enfatiza que o eventual retorno de Artuzi pode agravar o caos político e social em Dourados.
“As manifestações em frente ao Prédio da Câmara Municipal, da Polícia Federal e demais notícias veiculadas na internet , somadas aos vídeos divulgados, deixa claro que o requerido não tem a menor condição de continuar como administrador daquela cidade até que os fatos sejam efetivamente esclarecidos”, salienta o desembargador.
Com o afastamento do prefeito, a presidente da Câmara Municipal, Délia Razuk (PMDB) deve assumir a prefeitura. De acordo com a lei orgânica do município, diante da impossibilidade do prefeito e vice, que também está preso, o presidente do poder legislativo assume a prefeitura.
Nesta semana, o juiz Carlos Alberto Resende Gonçalves, da 4ª Vara Cível de Dourados, negou pedido do MPE (Ministério Público Estadual) pelo afastamento do prefeito Ari Artuzi e de nove vereadores.
Artuzi está preso na 3ª delegacia de Campo Grande e o juiz Eduardo Machado Rocha assumiu a prefeitura interinamente.