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Lama Asfáltica

Justiça recebe denúncia e 13 viram réus por lavagem de mais de R$ 45 milhões

Dentre os envolvidos na fraude, estão Edson Giroto e o ex-prefeito de Paranaíba

Dentre os envolvidos na fraude, estão o ex-secretário Estadual de Obras e Transportes do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal, Edson Giroto - Arquivo
Dentre os envolvidos na fraude, estão o ex-secretário Estadual de Obras e Transportes do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal, Edson Giroto - Arquivo

A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e 13 denunciados na Operação Lama Asfáltica viraram réus no processo . A justiça reconheceu que existem fortes indícios de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro .

De acordo com o MPF, a organização criminosa era composta por políticos, funcionários públicos com vínculo estatutário e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul, bem como administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo.

Dentre os envolvidos na fraude, estão o ex-secretário Estadual de Obras e Transportes do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal, Edson Giroto; o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba (MS), Wilson Roberto Mariano de Oliveira; e o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos.

Respondem também pelos crimes Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, João Afif Jorge, Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, Maria Helena Miranda de Oliveira, João Pedro Figueiró Dornellas, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto e Elza Cristina Araújo dos Santos.

As denúncias apontam para a lavagem de ativos em valores superiores a R$ 45 milhões, por meio da aquisição de fazendas em nome de parentes. O dinheiro é fruto de desvio de recursos públicos gerenciados pelo governo de Mato Grosso do Sul.

Segundo o MPF, a investigação revelou que a organização criminosa funcionou, ao menos de 2007 até 2014, no Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, notadamente na Secretaria Estadual de Obras Públicas e de Transportes e na Agência Estadual de Gestão de Empreendimento (Agesul), voltada ao desvio de recursos públicos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).