Em depoimento de cinco horas no Senado marcado por bate-bocas entre governistas e oposição, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reafirmou que foi chamada para um encontro reservado com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff – que nega a reunião e não comentou o depoimento.
Lina classificou como "ingerência desnecessária e descabida" o pedido que diz ter recebido de Dilma para agilizar investigação do fisco sobre a família de José Sarney. A ex-secretária não levou provas nem forneceu a data exata da audiência.
"Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade", afirmou. Lina citou duas novas testemunhas, acrescentou detalhes à descrição do encontro no Planalto e aceitou uma acareação com Dilma, sugerida pela oposição.
O Planalto não forneceu dados sobre visitas, alegando questão de segurança.
Os senadores governistas tentaram intimidar a ex-secretária, acusando-a de prevaricação, mas festejaram ao ouvir que ela não se sentiu pressionada por Dilma.