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Lula anuncia crédito de R$ 225 milhões para cooperativas de reciclagem

Lula fez um pedido para que os prefeitos formem cooperativas de reciclagem e não entreguem esse trabalho a grandes companhias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (2) uma linha de crédito de R$ 225 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que será destinada a cooperativas de reciclagem.

Em seu programa de rádio "Café com o Presidente", Lula disse que o crédito estará disponível durante os próximos dois anos e terá como principal objetivo financiar a construção de locais adequados para o processo de reciclagem.

Lula fez um pedido para que os prefeitos formem cooperativas de reciclagem e não entreguem esse trabalho a grandes companhias.

"Se um prefeito resolve acabar com o emprego de 200 ou 300 pessoas que estão na reciclagem para colocar um empresário (no lugar), o que vai acontecer é que em vez de dar salário a 300 estará enriquecendo apenas um", afirmou.

"Bem extraordinário" – Lula visitou esta semana, em São Paulo, o Congresso de Catadores de Materiais Recicláveis e prometeu ao setor o acesso a carros elétricos que auxiliem seus trabalhos nas ruas, além da regulamentação do ofício através de uma lei específica.

"Essas pessoas estão fazendo um bem extraordinário para a sociedade", destacou Lula.

Ao comentar sua visita ao Salão Internacional do Transporte (Fenatran) também nesta semana, em São Paulo, Lula disse que o país renovará sua frota de caminhões, com veículos "menos poluentes e mais rentáveis".

Um dos estímulos para a renovação da frota de caminhões foi a redução de impostos, de 13,5% para 4,5%, além do aumento do número de parcelas para o financiamento da compra de veículos novos, que passou de 84 para 96 meses.

Esse tipo de medida, segundo Lula, contribuiu para "reativar o setor automotivo" e para que empresas como a multinacional alemã Mercedes Benz contratasse em outubro 1.300 empregados para sua filial no Brasil, após ter demitido 1.200 funcionários durante o agravamento da crise.