O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (21) que o Brasil está se tornando um “país quase perfeito” em relação à elaboração de leis e que as políticas públicas implementadas são resultado da maturidade política que a sociedade está construindo e não “coisas” de sua cabeça ou de ministros.
“Estamos caminhando a passos extraordinários. Estamos quase atingindo a perfeição”, disse Lula ao citar instrumentos como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, a Constituição Federal e até o Protocolo de Quioto (documento da Organização das Nações Unidas do qual o Brasil é signatário).
Em discurso durante o anúncio do Programa Nacional de Direitos Humanos, o presidente disse que “valeu a pena” a luta dos perseguidos e presos políticos durante a Ditadura Militar para que o país chegasse hoje aonde está.
“Obviamente nunca vamos conseguir tirar o sofrimento do coração de uma mãe por não ter enterrado um filho, mas temos que ter consciência de que valeu a pena”, afirmou.
No mesmo local Lula participou da entrega do Prêmio Nacional de Direitos Humanos. Uma das vencedoras foi a anistiada política Inês Etienne Romeu, sobrevivente do centro de tortura de Petrópolis durante o período militar..
Ao entregar o prêmio à Inês, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef – que fez hoje sua primeira aparição pública sem peruca após o tratamento de câncer – se emocionou ao lembrar os colegas torturados durante o regime militar.
“Nós sobrevivemos para presenciar e participar da construção de um novo Brasil. Não vou me conformar com o destino de companheiros que perderam a vida e a oportunidade de viver esse momento”, disse ela com voz embargada.