Em entrevista à agência de notícias Associated Press nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a situação dos presos políticos em Cuba com a de presos comuns do Brasil.
Lula declarou que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos. O presidente pediu ainda respeito às determinações da Justiça cubana com relação à prisão dos dissidentes que se declaram em greve de fome.
"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter pessoas em razão da legislação de Cuba, como quero que respeitem o Brasil", disse Lula, na entrevista à Associated Press, em Brasília.
A última visita de Lula a Cuba, no mês passado, começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo, que estava em greve de fome.
A declaração desta terça-feira de Lula coincide com a divulgação, em Havana, de um novo pedido para que ele interceda em favor dos dissidentes e ajude a acabar com a greve de fome de outro cubano, Gilhermo Farinas.
Farinas está em greve de fome desde 24 de fevereiro, na cidade de Santa Clara.