O governo utilizou quase toda a economia feita com a queda dos juros desde 2006 para contratar pessoal e elevar o salário do funcionalismo, revela estudo do economista Alexandre Marinis, da consultoria Mosaico.
De abril de 2006 a fevereiro de 2009, os gastos anuais com juros caíram R$ 40 bilhões, mesmo valor que foi acrescido ao dispêndio com pessoal. Os gastos de custeio subiram R$ 26,7 bilhões.
Já os investimentos aumentaram R$14,7 bilhões.
Desde seu início, em 2003, a gestão Lula quase dobrou a folha salarial – de R$ 70 bilhões para R$ 137 bilhões. A diferença, de R$ 67 bilhões, equivale a mais de seis vezes o custo do Bolsa Família.
O governo diz que o custo é compatível com o aumento da arrecadação. Segundo Marinis, o problema é que as receitas tributárias não são permanentes.