O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta terça-feira, após cerimônia de assinatura de acordos com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Salvador (BA), que não tenha sido possível concluir acordo entre a Petrobras e a petrolífera venezuelana PDVSA para a construção de uma refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Segundo o presidente, que comemorou a assinatura de vários acordos comerciais, “só não foi possível concluir acordo entre Petrobras e PDVSA porque são duas moças muito bonitas, muito fortes que disputam milimetricamente cada problema”.
Lula disse que no máximo em 90 dias, os dois países devem retomar as negociações para um acordo não apenas para construção da refinaria, mas para a atuação da Petrobras na Faixa de Urinoco, no país vizinho.
“Se a construção da Muralha da China o mesmo tempo da Petrobras e da PDVSA, acabaria a humanidade e não teríamos o primeiro quilômetro da Muralha da China”, brincou o presidente.
A nova tentativa frustrada de chegar a um acordo entre os dois países já havia sido adiantada devido a uma vazamento da discussão entre os dois presidentes com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, por meio do sistema de tradução montado para a entrevista coletiva, prevista para logo depois do debate.
A falha no sistema permitiu que os jornalistas acompanhassem as dificuldades da negociação realizada durante encontro reservado entre os três participantes em um hotel, em Salvador (BA).