Nos últimos sete anos, o Brasil mostrou ao mundo que é possível crescer e ao mesmo tempo priorizar as políticas em favor das classes mais pobres, fazendo distribuição de renda. Esta é a avaliação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz do resultado do seu governo.
Ele lembrou que, durante a crise econômica mundial, no ano passado, o mercado consumidor foi mantido no país exatamente pelas camadas mais baixas da sociedade. Para Lula, a experiência vivida pelo Brasil pode servir de paradigma para outros países, ou seja, distribuir renda ao mesmo tempo em que se promove o desenvolvimento econômico.
O fato de as classes mais pobres terem recebido os maiores aumentos de salário e contarem com programas de transferência de renda deu maior poder de compra a essas pessoas, contribuindo para o fortalecimento do mercado interno, explicou Lula, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.
Para Lula, apesar da votação que teve no primeiro mandato, "havia dúvida dentro dos movimentos sociais que se reuniram no Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em 2003, se nós iríamos ou não conseguir fazer alguma coisa. Passado esse tempo, eu fui lá para provar que a gente poderia fazer".
Lula disse que lamenta não ter ido a Davos, na Suíça, para receber o prêmio de Estadista Global, que lhe foi conferido. Ele faltou ao evento por causa de problema de saúde, e foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que leu seu discurso.
Para Lula, "é motivo de muito orgulho a gente saber que num lugar em que reinava 99% de desconfiança no nosso governo em 2003, termino o mandato sendo escolhido como o estadista global. Acho que isso é muito gratificante porque é um fórum de onde eu não esperava ganhar um prêmio, uma homenagem".