A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) responsabilizou o governo federal "pelo caos que a saúde pública enfrenta", apesar de "alardear que está nadando em dinheiro". Para ela, o problema "não é de falta de dinheiro", mas de competência para administrar e, por isso, "as pessoas dormem nas filas" dos hospitais para conseguir atendimento.
– A verdade é que tem havido uma administração errática na saúde. O governo do PSDB deixou um legado na área de saúde. Foi implantada uma política de redução de preços dos remédios, houve incentivo aos medicamentos genéricos, a mortalidade infantil e materna caiu, triplicou o número de agentes de saúde e a política de combate à Aids é elogiada no mundo todo. Qual é o legado desse governo na saúde? – perguntou.
Marisa Serrano informou que os hospitais universitários estão com 10% de seus leitos fechados, principalmente por falta de pessoal qualificado. Em muitos deles, equipamentos caros, importados, estão encaixotados por não haver funcionários qualificados para sua operação e, em outros, não há sequer manutenção e, por isso, não funcionam. Afirmou que os 46 hospitais universitários precisam com urgência de 11 mil funcionários. Lembrou que há dois anos o governo lançou um plano de reestruturação destes hospitais, mas os resultados não aparecem.
– Os casos de dengue aumentaram 22,5 por cento comparando os primeiros seis anos do governo do PSDB com a atual administração. Quando temos um problema sério, como é o caso da gripe A, o governo passa a idéia de que está desnorteado. Infelizmente, mais brasileiros já morreram da nova gripe do que nos Estados Unidos e no México, primeiros países afetados pelo surto – lamentou.
A senadora de Mato Grosso do Sul mostrou-se contrária à recriação da CPMF, agora sob o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS ). Para ela, "é uma balela" a afirmação de que o dinheiro irá resolver os problemas da saúde pública.
– É uma questão de competência, e não de dinheiro – sublinhou.