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Marisa diz que volta mais forte e preparada para o Legislativo

Marisa teve o mandato passado cassado pela Câmara e foi presa acusada de fazer parte de organização criminosa

Vereadora > Marisa Rocha tomou posse como parlamentar pela sétima vez - Reprodução/TVC
Vereadora > Marisa Rocha tomou posse como parlamentar pela sétima vez - Reprodução/TVC

Depois de ser presa, acusada de fazer parte de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas, e ter o mandato cassado pela Câmara Municipal, Marisa Rocha (MDB), foi eleita novamente vereadora, em novembro do ano passado, com 709 votos. Além de ficha limpa, Marisa ressalta que tem aprovação popular para exercer o mandato de quatro anos.

Marisa foi empossa no dia 1º deste mês, vereadora pela sétima vez. No primeiro mandato era suplente e ficou apenas dois meses. Os demais foram mandatos de quatro anos. Em maio de 2019, no entanto, ela teve o mandato cassado pela Câmara. A cassação estava ligada a uma condenação de 2017, em que Marisa foi julgada por dar abrigo e emprego a um foragido da Justiça em um sítio de propriedade da família. Marisa sempre negou que isso tivesse acontecido. Ela perdeu o mandato com base na Lei Orgânica do Município, que prevê a retirada do cargo, em caso de condenação por crime doloso transitado em julgado, sem chance de recurso. 

Depois disso, Marisa ainda foi presa em março de 2019, acusada de chefiar uma organização criminosa de tráfico de drogas e armas. Depois de seis meses presas, Marisa deixou a prisão para responder as causações em liberdade. Na decisão do juiz, Marisa diz que ficou comprovada que as acusações contra ela não procedem, e que não têm elementos, e que foi presa injustamente.

Sendo ficha limpa, Marisa pode participar das eleições no ano passado, sendo vitoriosa. Segundo ela, essa eleição foi a mais vitoriosa “Essa eleição era divisor de água. Eu queria saber até que ponto o povo confiava em mim. E o povo confia”, destacou.

Marisa diz que foi muito injustiçada durante a campanha pelos adversários. “Por isso, essa eleição teve saber de mel”, destacou. Agora, se diz mais preparada para o cargo de vereadora. “Eu sei como foi difícil, eu senti na pele a perseguição. Não é que eu vá ter uma postura diferente, hoje é uma Marisa que vai pensar mais, vou fazer diferente porque aprendi. Até então, eu era uma vereadora, agora sou, com experiência. Eu não cometi crime, apenas lutei pelo justo e certo. Isso me fortaleceu, não tenho medo”, destacou.

A vereadora disse que não tem mágoa de ninguém, mas gostaria de saber o porque a Câmara cassou o seu mandato sem base. Alegou ainda inconstitucionalidade da Lei Orgânica.

Além da saúde que sempre foi sua bandeira, Marisa diz que o fortalecimento da família, será outra causa que vai defender no Legislativo.  A família da vereadora sempre alegou que sua prisão foi motivada por denúncias contra adoção. Marisa sempre questionou o fato de muitas mães perderem a guarda dos filhos em Três Lagoas. Por esse motivo, destacou que pretende fazer com que a Lei que institui a Escola de Pais seja implantada em Três Lagoas.  A lei prevê mecanismo para promover a reabilitação e reestruturação familiar em casos que haja filhos em risco e com possibilidades de serem retirados da guarda paterna.