Quem analisar a situação atual da administração do município de Campo Grande, que será entregue nas mãos da vice-prefeita Adriane Lopes, caso Marquinhos Trad renuncie ao cargo de prefeito para ser candidato a governador, pode, desde já, ficar preocupado. O novo gestor da capital será um mero administrador de massa falida, incapaz de fazer a cidade avançar como se deveria.
Na mais provável das hipóteses, Campo Grande vai retroagir uns 10 anos. A cidade está desorganizada, sem projetos estruturantes, com obras paradas, graves problemas financeiros, com o funcionalismo despreparado e desarticulado. Marquinhos deixará uma herança maldita para se divertir numa campanha eleitoral que ele imagina ser uma espécie de “Disneylândia” pelo interior afora.
O quadro é triste. Fruto da irresponsabilidade de quem descobriu, tarde demais, que não tinha competência nem pulso firme para colocar a capital sul-mato-grossense nos eixos, nem mesmo com dois mandatos na gestão municipal.
Marquinhos é um populista que não suporta pressões nem desgaste político. Sua vaidade não permite ser criticado por ter que fazer correções de rumo que equilibre as finanças, enxugue a folha de pagamento, reduza os valores de contratos ou promova um choque de gestão que recupere as contas públicas, melhore a performance e atraia investimentos.
Marquinhos anda pela cidade, mas não a enxerga. Sua miopia gerencial levou Campo Grande ao caos. Não será certamente sua vice que tirará os joelhos do chão, sacudirá a poeira e dará a volta por cima.