O sargento do 13° Batalhão de Polícia Militar de Paranaíba (MS), Marco Antônio Benites, afirmou que o patrulhamento preventivo é fundamental para a segurança de alunos e professores de escolas particulares, estaduais e municipais. Porém, em relação a tragédia ocorrida na escola Estadual Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13), no município de Suzano, Região Metropolitana de São Paulo, tudo ainda é muito precoce e desconhecido. A declaração foi data em conversa com o JPNEWS. Para o sargento, os primeiros passos da investigação serão fundamentais.
“O patrulhamento tático é fundamental nas regiões escolares. Além deste patrulhamento preventivo, a Polícia Militar, no caso de Paranaíba, sempre que solicitada comparece às instituições de ensino. Sobre o crime brutal que aconteceu em Suzano, ainda é tudo muito desconhecido. A investigação trará elementos fundamentais para que se entenda o que aconteceu e as motivações. É até perigoso, neste momento, opinar”, disse.
Em relação a responsabilidades no caso da segurança de alunos portões a dentro nas escolas, Benites afirma que cada escola estabelece seus critérios. “Aqui em Paranaíba, por exemplo, as escolas tem se preocupado com essa questão. Mas tudo dentro das suas possibilidades organizacional e financeira. Grades, portões, muros, o que se pode e se tem condições de ser feito, observamos que é feito. Antigamente existiam porteiros, os populares “guardinhas”, em todas as escolas. Hoje, não mais em todas, mas em algumas ainda sim. É dificil para a Polícia estabelecer normas ou conduta dentro destes estabelecimentos. Nos cabe comparecer ao local imediatamente, assim que solicitados”, disse. O uso de uniformes e uma espécie de fiscalização nos portões de acesso destes locais poderia auxiliar na segurança, acredita o sargento.
Terror em Suzano
Por volta de 9h30 desta quarta-feira (13), Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, ex alunos, chegaram à Escola Estadual Raul Brasil e abriram fogo contra alunos e funcionários do local, matando 8 pessoas. Antes de entrar na escola, os assassinos estiveram em uma loja de automóveis próximo ao colégio. O proprietário do estabelecimento, Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme Taucci Monteiro, levou três tiros e morreu horas depois no hospital onde passou por cirurgia. Há nove feridos ainda em atendimento em unidades hospitalares do município e da capital paulista.
Além de um revólver calibre 38, os assassinos carregavam machado, arco e flecha, uma besta (arco e flecha horizontal), coquiteis molotov, mala com fios e simulacro de bombas.
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, ainda não se sabe a motivação do crime. "É a grande busca: qual foi a motivação dos antigos alunos", disse Campos. Buscas na casa dos assassinos aconteceram e recolheram objetos e pertences.