A troca do general Braga Neto pela ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para vice do presidente Jair Bolsonaro, como vem sendo cogitada nos últimos dias, deverá mexer na estrutura da aliança que dá apoio a Eduardo Riedel, do PSDB, pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul. Tereza é pré-candidata ao Senado pelo Estado e ajudou a construir uma coalizão de partidos para apoiar Riedel.
A avaliação é do comentarista da coluna CBN Política em Destaque, Adilson Trindade. O colunista diz que a possível saída da ex-ministra da Agricultura da disputa eleitoral em MS abrirá espaço na chapa de Riedel para ampliar a sua aliança de partidos. Para ele, em uma primeira análise, não se vê no PP, partido de Tereza Cristina, outro nome de peso para concorrer ao Senado.
"Nem no PL haveria alguém com densidade eleitoral para somar na chapa de Riedel. Então, a saída pragmática seria buscar se aliar a um concorrente. Há a deputada federal Rose Modesto, ex-tucana, que hoje está com pré-candidatura lançada para concorrer ao governo do Estado. Rose seria uma alternativa para substituir Tereza Cristina na disputa ao Senado. Mas o PSDB, de acordo com as informações de bastidores, prefere mesmo é o ex-governador André Puccinelli, do MDB. A adesão de André como candidato a senador, fortaleceria a chapa de Riedel na sucessão estadual, porque agregaria um eleitorado fiel ao ex-governador", esclareceu o colunista.
Para Trindade, não será fácil convencer André de trocar a pré-candidatura ao governo por uma vaga de senador numa aliança com o PSDB e a ex-ministra Tereza Cristina poderá entrar no circuito para demover André de disputar o governo e se aliar ao PSDB, concorrendo ao Senado.
Veja abaixo a íntegra do comentário de Adilson Trindade, desta quarta-feira (15).