Veículos de Comunicação

3

Médicos-residentes fazem protestos em todo o país

A expectativa da associação é que, na próxima semana, sejam feitas novas negociações

Médicos-residentes de todo o país promoveram hoje (1º) atos públicos, assembleias e doação de sangue. As ações são uma forma de protesto e tem por objetivo definir o rumo da greve dos residentes, que já dura 15 dias, e pressionar o governo para uma resposta às reivindicações da categoria. Estão entre as exigências da classe; aumento de 38,7% na bolsa, hoje estipulada no valor de R$ 1.916,45, aumento da licença maternidade de quatro para seis meses e décimo terceiro salário.

Em Brasília, cerca de 250 pessoas se reuniram em uma assembleia no Hospital Regional da Asa Sul, para debater a situação. Por votação foi definido que a greve irá continuar. Somente seis pessoas votaram para o fim da paralisação, mesmo assim, elas não voltarão ao trabalho.

No Rio Grande do Sul, pela manhã, os residentes de todos os hospitais em greve doaram sangue. A iniciativa é pelo Dia Estadual da Doação de Sangue, comemorado hoje. Em Goiás, houve uma reunião na Assembleia Legislativa. Já na capital do Maranhão, São Luís, os médicos-residentes se reuniram com deputados estaduais em busca de apoio. Outras ações também foram feitas em Manaus e na capital de São Paulo.

Segundo a Associação Nacional de Médicos-Residentes (ANMR), cerca de 90% dos 22 mil médicos-residentes de todo o Brasil aderiram à paralisação. Na semana passada, o governo recusou proposta da ANMR de parcelar o índice de aumento em 28,7% de correção a partir de setembro e 10% em 12 meses. A expectativa da associação é que, na próxima semana, sejam feitas novas negociações.