Magno de Souza, da etnia Guarani, é filiado ao Partido da Causa Operária (PCO) e sua candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul revela a luta de um povo por melhoria nas condições de vida. O político, de 38 anos, não concluiu o ensino fundamental. Mora em uma aldeia numa área ocupada, próximo à cidade de Dourados. Ele diz que é urgente a intervenção dos governantes para salvar os povos indígenas.
"Eu resolvi entrar para a política porque eu vejo demais o sofrimento da comunidade indígena e das comunidades da periferia da nossa região de Mato Grosso do Sul. A gente vem buscando uma solução para melhoria para o povo […] e nunca ninguém resolveu. Tanto tempo, tantos anos de governante aí. Os governadores nunca resolveram nada", desabafou o candidato.
Mato Grosso do Sul reúne a segunda maior população indígena do país, com quase 80 mil pessoas na estimativa do IBGE, baseada no último censo realizado. E o único candidato a governador representando os povos indígenas está à espera de uma decisão da Justiça Eleitoral para continuar na disputa.
A candidatura de Magno de Souza foi indeferida por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral por irregularidades na apresentação de documentos obrigatórios e também porque foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O partido dele recorreu da decisão e aguarda o julgamento final do processo.
Esta semana, o candidato participou de uma reportagem gravada pela Rádio CBN Campo Grande, como participação na rodada de entrevistas com os candidatos. Magno destacou que a causa dos povos indígenas é sua maior bandeira, mas que tem outras prioridades para um eventual mandato.
Abaixo segue o vídeo para assistir ao material na íntegra: