O líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), será o novo ministro da Agricultura. Uma fonte próxima ao vice-presidente Michel Temer afirmou à Agência Estado que a presidente Dilma Rousseff acolheu a indicação do PMDB e formalizou o convite ao peemedebista, que foi aceito. O Planalto ainda não definiu a data da posse, mas deve ser já na próxima segunda ou terça-feira.
A Agência Estado havia adiantado que o nome do líder governista era o favorito do PMDB para a sucessão de Rossi, mas seu nome teria que ser submetido a Dilma. O processo de escolha do sucessor de Wagner Rossi foi concluído por volta de meia-noite desta quarta-feira, 17, quando Dilma já havia aceito a indicação e formalizado o convite.
O nome de Mendes Ribeiro foi definido pela cúpula do PMDB, que se reuniu na noite de quarta no gabinete da vice-presidência. Em seguida, o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), levou a indicação ao conhecimento dos deputados no gabinete da liderança na Câmara. Parte da bancada irritou-se por não ter sido consultada previamente. Alguns deputados, como Danilo Forte (PMDB-CE) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), chegaram a defender que o PMDB deixasse a base governista, como fez o PR. "Ficam nos humilhando por causa desses ministérios medíocres", criticou Danilo Forte.
Mendes não tem experiência na área de agricultura. No entanto, é próximo a Dilma, que o nomeou líder do governo. A escolha resolve várias equações políticas com a saída de Rossi, que era apadrinhado por Temer. Em primeiro lugar, abre vaga na Câmara para o suplente de Mendes, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Padilha é amigo de Temer e integrante da Executiva do PMDB. Além disso, a vaga do ministério continua com o PMDB da Câmara.
Por último, a escolha de Mendes reabre a vaga de líder no Congresso, que será negociada. O PMDB do Senado estava de olho no cargo. Um dos candidatos para o posto era o senador Eduardo Braga PMDB-AM).