Ao comentar as declarações do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou que pretenda processar o político e o acusou de desequilibrado. “Há, de um lado, o desequilíbrio ambiental, que ele provocaria se a gente deixasse que destruísse o Pantanal como queria, e, por outro lado, há o desequilíbrio patológico”, disse.
Puccinelli se referiu ao ministro como veado e fumador de maconha durante uma reunião com empresários, segundo a imprensa local. Por meio de nota, ele chegou a se desculpar pelo que disse mas, para Minc, os tribunais de Justiça e os eleitores do estado devem decidir se o governador deve permanecer na gestão do MS.
O ministro garantiu estar acostumado com embates políticos com ruralistas e governadores. “Nunca me acovardei ou me encolhi”, disse. “Mas com uma agressão como essa, é difícil até imaginar como uma pessoa dessa pretende exercer o governo do estado”, completou.
A resposta ao governador, segundo Minc, é a de que a pasta vai continuar defendendo o Pantanal contra qualquer forma de agressão. Ele destacou ainda que, de forma alguma, vai aceitar baixar o nível da discussão rumo a algo tão grotesco e truculento como o governador levou.
“Não acho que foi um ataque gratuito. Na verdade, ele professou um estupro ao Pantanal e a ele próprio. São os eleitores e os tribunais que vão julgar se uma pessoa com esse nível de desequilíbrio está apta a exercer o governo do estado. Eu não vou processá-lo”, finalizou.
Durante a abertura do seminário PPG7 e a Proteção das Florestas Tropicais, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, manifestou solidariedade a Minc. Ele avaliou as declarações de Puccinelli foram feitas de maneira descabida. "Ficamos surpresos. Só pessoas que não têm percepção da importância de se preservar o meio ambiente podem fazer declarações como essa."