O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que o resultado das eleições de outubro não deve alterar o andamento da política econômica do atual Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma jornada organizada pelo jornal espanhol "El País" e o brasileiro "Valor Econômico", Bernardo assinalou que a eventual vitória da pré-candidata do PT (Partido dos Trabalhadores), Dilma Rousseff, "representará a continuidade da política econômica, já que sua estratégia é muito parecida".
Se a vitória for do líder da oposição, o pré-candidato José Serra (PSDB), esta conquista também "não representaria uma ruptura na política mantida até agora", complementou o ministro brasileiro.
Na mesma linha raciocínio expressou-se o ex-ministro da Economia espanhola Carlos Solchaga, quem destacou que a solidez institucional e a estabilidade política do Brasil garantem que as futuras mudanças de Governo "não gerem viradas inesperadas" sobre o andamento da política econômica do país.
Solchaga mostrou sua admiração com relação a esse cenário que definiu como "condução impecável" da política macroeconômica, que reduziu a dívida e manteve crescimento sustentável, acompanhado da modernização do país, que, desejou, será "um dos grandes protagonistas do século XXI".
"O Brasil demonstrou que era capaz de enfrentar à crise inclusive com uma política fiscal expansiva, e saiu dela em circunstâncias invejáveis, com um deficit público que não supera 3% do PIB (Produto Interno Bruto). É a grande esperança da consolidação da recuperação da economia em todo o mundo", asseverou.