O Ministro da Justiça, Tarso Genro, revelou nesta terça-feira (2) que vai deixar o governo no próximo dia 10. Ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça e apresentou um balanço de sua gestão à frente da pasta. Tarso vai se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul e sai antes do prazo final de desincompatibilização para preparar seu programa de governo.
Segundo ele, o presidente ainda está decidindo se seu sucessor será o secretário-executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto, ou o deputado federal José Eduardo Cardoso (PT-SP).
“Eu já tinha encaminhado a ele um pedido de exoneração para que se processasse dia 10 para que eu possa me fixar no meu estado em função da preparação para o programa de governo que nós vamos apresentar nas eleições. O presidente me autorizou a comunicar a vocês que ele vai fazer uma exceção e que ele irá me exonerar dia 10”, disse o ministro ao sair da reunião com Lula.
Tarso disse que está saindo com duplo sentimento do governo. “Um sentimento de perda, faz sete anos que estou no governo, mas ao mesmo tempo estou muito feliz porque o presidente reconheceu que a nossa missão foi bem cumprida no ministério e que já tenho condições de me dedicar a meu estado”, explicou. O ministro comentou que Lula lhe prometeu apoio político no Rio Grande do Sul.
“O presidente ainda não decidiu [o sucessor]. Não sugeri ao presidente nenhum nome porque é uma responsabilidade de Estado que tem que ser totalmente assumida pelo presidente. O que eu disse para o presidente é que tanto o nome do Luiz Paulo quanto o nome do José Eduardo são nomes absolutamente compatíveis. O Luiz Paulo é o meu companheiro de trabalho durante três anos, um gestor eficiente, um quadro do serviço público de alto nível, e o José Eduardo Cardozo é um nome que todos vocês conhecem, é um professor, jurista qualificado, deputado”, contou Tarso.