O promotor de Justiça, Fernando Marcelo Peixoto Lanza, informou ao Jornal do Povo que concluirá neste mês o inquérito civil que apura eventual prática de ato de improbidade administrativa pelo presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas, Jorge Aparecido de Queiroz (PSDB), que é acusado pelo seu ex- assessor conhecido por Tonico de obrigá-lo a devolver parte de sua remuneração e diárias de viagem.
Conforme divulgado, a denúncia foi formalizada por Antônio Alves Siqueira, o Tonico, que procurou o Ministério Público Estadual no final do ano passado, para dizer que era obrigado a devolver parte do seu salário para o presidente da Câmara Municipal, Jorginho do Gás, bem como o dinheiro que recebia a título de pagamento de diárias para viagens que não fez, cujas importâncias eram depositadas em sua conta.
O promotor de Justiça, Fernando Lanza, disse que nesta terça-feira, 30 de junho, ouviu três testemunhas arroladas pelo presidente da Câmara, as quais informaram que não tinham conhecimento de que o fato denunciado ocorria, e que sabiam que era bom o relacionamento entre Jorginho do Gás e Tonico. O presidente da Câmara, por sua vez, não apresentou defesa por escrito. Entretanto, segundo o promotor, existem publicações em jornais com a versão do presidente sobre o caso que foram anexadas aos autos.
Lanza informou que só está faltando uma diligência para concluir o trabalho de investigação. Após isso, ele decidirá se vai ajuizar uma ação de improbidade administrativa contra o presidente da Câmara, ou se determinará o arquivamento do inquérito. “É importante dizer que, ao analisar as provas, e se houver algum tipo de dúvida, tenho que entrar com uma ação, pode ser que a Justiça aceite ou não a denúncia. Agora, se eu estiver convicto de que não houve nada do fato denunciado, arquivo o inquérito”, explicou Lanza, ressaltando que pretende concluir logo essa investigação, uma vez que a sociedade aguarda esclarecimentos sobre essa denúncia.