O estouro do esquema de corrupção dentro da prefeitura de Dourados, desbaratado ontem na Operação Uragano (furacão, em italiano), vai integrar as ações de investigação coordenado pelo GNCOC (Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado), que se reúne em Campo Grande nesta quinta e sexta-feira (3). Os grupos de combate são compostos de membros do Ministério Público e força policial.
A decisão não foi motivada pelo caso que levou à prisão o prefeito Ari Artuzi (PDT), seu vice e mais nove dos 12 vereadores.
“Os fatos acabaram coincidindo e levaram à decisão em estabelecer uma força-tarefa específica para este tipo de crime, que acontece em todo o Brasil”, comentou o procurador-geral Gerson Gercino Gomes, presidente do GNCOC.
Gerson explica que os grupos de combate ao crime organizado atuam em quatro frentes: sonegação fiscal e lavagem de dinheiro; fraudes de ordem econômica; narcotráfico e crime organizado dentro dos presídios; e crimes cibernéticos.
“No ano passado, foi realizada ação de combate à sonegação fiscal, no valor de R$ 4 bilhões. Este é um dos principais crimes, e que vem ganhando ramificações em setores como indústria farmacêutica e combustíveis”, complementa o procurador-geral.
Em Mato Grosso do Sul, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) é a instituição que atua nestes tipos de crimes. O grupo participou do Caso Motel, que investigou a morte de Murilo Alcalde e Eliane Ortiz em um motel da Capital.
Segundo o presidente do Gncoc, a ação dos grupos de combate é mais ágil por contar com apoio das polícias militar e civil, e da receita federal, no recolhimento de dados dos investigados.