Campo Grande foi palco de debate sobre a disputa pela presidência do Senado e da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (19). O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu os candidatos da oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Ele se reuniu com a senadora Simone Tebet (MDB) e com Baleia Rossi (MDB-SP) para unificar o discurso.
A senadora Simone Tebet teve de abandonar o discurso de “paz e amor” e passou a atacar diretamente o presidente Jair Bolsonaro para promover uma reviravolta na disputa pela presidência do Senado. Ela segue o exemplo do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), que já faz duras críticas a Bolsonaro para conquistar votos dos descontentes na briga pela presidência da Câmara dos Deputados.
Simone e Baleia conversaram muito sobre os efeitos de atacarem Bolsonaro. Baleia conta com apoio do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nos ataques ao presidente. Simone, no entanto, não conta com mesmo apoio do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ela está na frente do confronto praticamente com algumas lideranças da bancada do seu partido.
Ela enfrenta Rodrigo Pacheco (DEM-MG) apoiado pelo presidente Bolsonaro e Alcolumbre. Alguns senadores do MDB estão fechados com Pacheco. O estopim da mudança de tom foi a ofensiva do Planalto para rachar a bancada do MDB e provocar a renúncia da candidatura de Simone.
Em Campo Grande, ela e Baleia, com aval da cúpula do MDB, decidiram partir para o confronto com o presidente Bolsonaro. Será o “tudo ou nada” para provocar desgaste do presidente, aproveitando a guerra das vacinas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), levou vantagem sobre Bolsonaro. Nessa esteira de Dória, que Simone e Baleia, embarcaram para tentar ganhar a eleição. Simone precisa de 41 votos para vencer as eleições. Como a votação é secreta, há grande chance de traições.