Na semana em que a rádio completa 100 anos da sua primeira transmissão no Brasil, o jornal da CBN Campo Grande conversou na manhã desta sexta-feira (9), com o radialista, advogado e deputado estadual, Marçal Filho. Mesmo com tantas novidades e transformações tecnológicas, o rádio continua mais vivo do que nunca.
A primeira transmissão de rádio foi em 7 de setembro de 1922, onde uma antena receptora no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, transmitiu o discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa. A transmissão aconteceu durante uma feira internacional na cidade e foi apresentada por um grupo de empresários americanos.
Marçal conta que desde criança sempre teve vontade de ser radialista e em suas brincadeiras costumava simular um programa da rádio para apresentar. “Ainda na barriga da minha mãe fui levado pelo meu pai para uma rádio. Ele era muito fã de um locutor que rezava Ave Maria no seu programa e, junto com minha mãe, convidou esse locutor para me batizar. Então acabei entrando pela primeira vez em uma rádio ainda na barriga da minha mãe”, conta.
Sobre as transformações que a rádio sofreu com o tempo, Marçal comenta que foram várias, mas a principal é que há 20 não existia computador como se tem hoje. “O computador facilita muito o trabalho hoje, naquela época as noticias do mundo chegavam muito tarde para a gente. Hoje, com o computador e internet a gente fica sabendo na hora o que acontece em qualquer parte do mundo e basta ligar o microfone e informar os ouvintes. Antigamente, a comunicação era muito difícil, os meios para a informação chegar até a gente eram muito complicados, manusear os equipamentos também era uma dificuldade enorme”, comenta.
Sobre como a comunicação e a política caminham juntas, Marçal fala que com o microfone na mão, consegue expor todas as reivindicações da população e deixar um canal aberto das pessoas com o político. “A população tem dificuldade de chegar até alguma autoridade para falar as suas reivindicações. Quando a situação se torna pública, a autoridade terá mais agilidade em resolver o problema. Se coloca a reclamação no ar com muitos ouvintes, evidente que a autoridade vai se mexer então a política e a rádio se cruzam aí", conclui.
Veja a entrevista na íntegra: